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Linha do tempo

O conceito subjetivo do tempo explica-nos a linha do tempo que observamos na nossa vida, o amor é um elemento que afeta a linha do tempo.

Capa do PDF da Equação do Amor. Vaso com rosas vermelhas sobre mesa preta.

A EQUAÇÃO DO AMOR

METAFÍSICA GLOBAL

Autor: José Tiberius

Technical assistant:
Susan Sedge, Physics PhD from QMUL

 

 

2.c) Linha do tempo

A linha do tempo corresponde ao conceito subjetivo que vimos em primeiro lugar ao falar da teoria do tempo. Trata-se de uma linha do tempo de caráter filosófico, mas tentando situá-la na sua dimensão real da física e possibilitar uma aproximação com a linguagem das fórmulas matemáticas das relações com o amor em sentido genérico ou universal.

O nosso cérebro necessita de uma referência para funcionar e não enlouquecer, por isso a linha do tempo próprio ou pessoal sempre se referirá a uma hipotética linha de tempo plana, reta ou correspondente com o tempo absoluto, constante ou objetivo.

O espaço, o tempo e o amor são elementos básicos da vida.

O tempo é a quarta dimensão, de natureza diferente às três espaciais, sendo a que configura o conceito de vida em sentido amplo ao acrescentar-se, juntamente com o amor, a qualquer delas. Estou perdido e não sei onde estou, será que vou por bom caminho.

Falando de licenças poéticas e tempo de poesia...

O espaço e o tempo poderiam ver-se como conceitos abstratos ou construções mentais e, por seu turno, a mente como uma construção do amor ou realidade última.

Da Equação do Amor depreende-se que quando a distância no espaço é zero ou o tempo é infinito o Amor é infinito. Visto ao contrário, quando o Amor é infinito a vida é eterna.

Eu acho que o amor afeta o tempo subjetivo e a sua linha do tempo, ou melhor, a sua velocidade em relação ao tempo absoluto, ou ainda com maior precisão, as mudanças na sua velocidade ou aceleração; isto não é novo na história, já disse Albert Einstein para explicar o seu conceito da relatividade e o tempo relativista da Física Moderna. A diferença é que parece que o dizia como metáfora e eu penso-o como realidade. Eu não vejo o amor em nenhuma das suas equações! De fato, mais do que uma metáfora a sua teoria parece-me um paradoxo gigante.

Voltando à prova da ciência...

O efeito do amor sobre a linha do tempo próprio foi notado por todos, inclusivamente as crianças, ou talvez elas com maior intensidade. Para mim não são mudanças da percepção do tempo absoluto ou objetivo, mas sim variações reais da linha do tempo ou da velocidade tempo próprio que configuram o tempo subjetivo.

Vejamos alguns exemplos que considero que apresentam variações subjetivas e reais da velocidade do tempo subjetivo e, portanto, da linha do tempo.

  • Crianças.

    As crianças são algo aceleradas em relação aos adultos, ou, dito de outra forma, o seu tempo anda mais devagar ou a sua linha do tempo é mais curva em termos gráficos. Em maior ou menor grau todos sentimos que cada vez o tempo passa mais rápido e, ao mesmo tempo, encaramos tudo com mais tranquilidade. Quando somos crianças, por vezes, o tempo parecia-nos eterno.

    Estou a referir-me a algo que sentimos, mas que não chegamos a compreender com a lógica porque faz parte dos mistérios da vida, se bem que pouco a pouco nós vamos aproximando com conceitos mais precisos.

     

  • Desportos.

    Jogando tênis ou desportos semelhantes, às vezes, parece que o jogador não vai chegar à bola, mas, de repente, é como se o tempo parasse e milagrosamente a pessoa consegue devolver a bola.

    Neste caso, os espectadores também perceberam alguma coisa, não sabem muito bem o quê, mas afirmam “tinha a certeza que não chegaria”, para além de que não se trata de que não conheçam o jogador, pensam a mesma coisa de todas as vezes. A linha do tempo curva-se quase até parar o tempo próprio.

    Este exemplo é contrário ao mencionado anteriormente, a atividade física não produz uma maior velocidade em relação ao tempo absoluto, mas sim o contrário, é como se o foco da percepção fosse em uma escala diferente.

    A explicação por parte do jogador deve consistir em que mediante a mudança do seu tempo subjetivo ou da sua linha de tempo consegue uma percepção muito maior de cada movimento, tanto da bola como dos seus próprios músculos, o que faz com que o jogador os otimize todos de uma forma inverossímil para um processo normal.

    Outro elemento a comentar é que a mudança na velocidade do tempo próprio ou subjetivo vai acompanhada de uma tomada de controle dos movimentos pelo inconsciente; o consciente do jogador é, digamos, como um observador externo de si mesmo com uma potência reduzida, visto que a maior parte da mesma está sendo utilizada diretamente pelos mecanismos automáticos.

    A ideia dos espectadores deve-se à mesma razão de inverosimilhança já que para eles o processo ou história foi normal, visto que não experimentaram a variação do tempo subjetivo do jogador.

    Quer dizer, o tempo absoluto é sempre o mesmo e é um conceito objetivo por construção.

    A figura mostra com linhas do tempo como o tempo objetivo absoluto é o mesmo para todos em cada momento e, pelo contrário, como a escala temporal individual é diferente. É como se o tempo próprio estivesse composto por dobras ao longo do tempo objetivo ou tempo absoluto.

    Linha do tempo
    Linhas mais ou menos horizontais que representam as dobras do tempo subjetivo.

    O que quero dizer é que não é possível esticar ou fazer a linha do jogador reta e situar-se no futuro de repente. Bem, com a matemática pode conseguir-se quase tudo, como com a filosofia, a história mostra-nos exemplos variados, mas do ponto de vista da física não acho que fosse correto.

  • Cai um copo ao chão.

    Quando de repente um copo se mexe e começa a cair ao chão, muda a nossa concentração, a nossa percepção do mundo exterior, parece que só existe um objeto mexendo-se no ar, podemos observar como se mexe, como se se tratasse de um filme em câmara lenta, é muito bonito! Com sorte, podemos conseguir pôr de pé e evitar que se quebre. A isto, não como no exemplo seguinte, chama-se amor ao copo!

    Pode dizer-se que o nosso ritmo vital se alterou, se acelerou a nossa percepção por unidade de tempo absoluto, o tempo parou ou a linha do tempo curvou-se; realmente, ainda que não sempre seja equivalente, são formas parecidas de dizer a mesma coisa.

    Uma forma alternativa de explicar o que acontece na linha do tempo com conceitos de Física Geral é imaginarmos que vamos dirigindo um carro a 100 km/h, se queremos prestar mais atenção às casas ou às árvores podemos consegui-lo indo mais devagar. Ou seja, diminuindo a velocidade (espaço por unidade de tempo), ou aumentando a velocidade do tempo (tempo por unidade de espaço), visto que este último conceito é o inverso da velocidade normal.