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Teorias clássicas da evolução biológica: Lamarckismo e Darwinismo

Teorias científicas clássicas da evolução. Elementos essenciais das teorias de Lamarck e Darwin. Filosofia vitalista versus emergentista.

Capa livro Teoria Geral da Evolução Condicionada da Vida. Cavalos-marinhos e peixes dourados.

EVOLUÇÃO CONDICIONADA
DA VIDA

FILOSOFIA E CIÊNCIA

Autor: José Tiberius

 

 

9.b.1. Teoria de Lamarck

Doutrina evolucionista exposta pelo francês Lamarck, em 1809, na sua Obra Filosofia Zoológica.

A evolução das espécies estaria na seguinte sequência de fatos:

  • As mudanças ambientais originam novas necessidades.
  • Estas determinam o uso ou desuso de uns ou outros órgãos.
  • Tais órgãos desenvolvem-se ou atrofiam, respectivamente.
  • Os caracteres assim adquiridos são hereditários.
Jean-Baptiste de Monet
Lamarck (1744-1829) (Imagem de domínio público)
Lamarck (Imagem de domínio público)

Esta teoria era, portanto, também uma teoria sobre a origem do homem.

A costuma condensar-se na frase: a função cria o órgão e a herança fixa a mudança nos descendentes. Consequentemente, a origem do homem seria o pensamento dos macacos.

O exemplo típico que se coloca para explicar a teoria de Lamarck é a evolução do pescoço da girafa devido ao esforço de comer folhas das árvores.

Uma análise crítica da teoria de Lamarck encontra-se no título III.

 

9.b.2. Teoria de Darwin da seleção natural

Teoria biológica da seleção natural exposta pelo naturalista inglês Charles Robert Darwin na sua obra fundamental A Origem das Espécies, em 1859.

Em relação à doutrina evolucionista de Lamarck, Darwin propôs como motor básico da evolução a seleção natural que se poderia resumir nos seguintes pontos:

  • Os indivíduos apresentam variações.
  • A escassez de alimentos obriga-os a lutar pela existência.
  • Os indivíduos dotados de variações vantajosas têm mais probabilidades de alcançar o estado adulto, reproduzir-se e legar as referidas variações à sua descendência.

Do ponto de vista da filosofia, a teoria da seleção natural de Darwin baseia-se na corrente denominada emergentismo.

Posteriormente, Darwin acrescentou na sua obra A Origem do Homem e a Seleção Sexual (1871) um novo fator, a seleção sexual, mediante a qual as fêmeas ou os machos escolhem como casal os que apresentam qualidades mais atrativas.

Consequentemente, as variações genéticas ou genes são mutações aleatórias; supostamente, seu caráter não é dirigido.

Uma análise crítica da Teoria de Darwin encontra-se no título III.