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Metodologia científica e psicologia

Elementos de psicologia social e sociologia da ciência que afetam a metodologia científica em biologia. A teoria da evolução de Darwin é um erro da metodologia científica.

Capa do PDF do Método Científico Global. Árvore do conhecimento com folhas rosa.

 

O MÉTODO CIENTÍFICO GLOBAL

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Autor: José Tiberius

 

 

4.a.1. Metodologia científica e psicologia em biologia

De acordo com a metodologia científica todas as teorias, inclusivamente as formuladas de acordo com o método dedutivo, são susceptíveis de melhorias ou alterações por mudanças contextuais. Um caso típico é a evolução tecnológica, ao proporcionar novos conhecimentos que permitem uma maior precisão e delimitação teórica dos modelos ou, simplesmente, a sua substituição por outros.

De outro ponto de vista, como estuda a sociologia da ciência e a psicologia social, o êxito de uma nova teoria depende da aplicação correta da metodologia científica e, em última instância, da sua aceitação ou rejeição pela comunidade científica e pela sociedade no seu conjunto.

Neste sentido, determinados elementos contextuais de psicologia pessoal, psicologia social e da sociologia da ciência podem ser uma grave rêmora para a aceitação de novas ideias, especialmente de biologia. Um só exemplo, comum ao longo da história, bastará para explicar o que quero dizer: os problemas iniciais do grande precursor da metodologia científica moderna Galileu (1564-1642).

Guardando as distâncias, supondo que seja correta a Evolução Condicionada da Vida, por ser uma teoria alternativa da evolução e pelas enormes implicações em biologia e pelas ramificações tanto de psicologia social e educativa como pessoal que teria a sua aceitação, será uma das teorias que tropeçará com mais dificuldades na hora de ser aceite.

Independentemente dos problemas do método científico com uma nova teoria que se encontra no limite da percepção, há que ter em  conta que a assimilação de uma teoria da evolução diferente nunca se fará de forma rápida, devido a que afeta chaves e conceitos gravados no nosso subconsciente, tendo o cérebro, por sua vez, outros muitos conceitos relacionados e dependentes deles.

Ainda que no final se possa assimilar a nova teoria da evolução e estar de acordo, necessito tempo para que o subconsciente se vá reestruturando. Não seria nada de estranhar que ao ler os parágrafos seguintes, o leitor toque a nuca; o subconsciente não gosta de rever conceitos básicos da sua psicologia pessoal que considera definitivamente formados, porque o obrigará a trabalhar na sua revisão e, além disso, considerará que não é necessário, visto que ele não pode estar enganado em conceitos tão básicos e importantes da psicologia humana.

NOTÍCIAS DA EVOLUÇÃO

Exemplo de imobilidade científica de raiz ideológica!

"Cada pessoa é diferente, mas não devido à sua raça.
95% da variabilidade genética atual existia quando nasceu a espécie...Poucas ideologias terão causado mais ódio, morte e sofrimento do que o racismo, a crença de que a espécie humana está dividida em grupos cuja origem, cor e fisionomia indicam qualidades intelectuais, morais e emocionais inatamente inferiores às do grupo (geralmente de pele clara) que formula a teoria..."

El País 20-12-2002 Science.

Os últimos parágrafos pertencem/referem-se à psicologia pessoal mas o problema é mais sério pois certas mudanças em biologia e evolução estarão mal vistos por outras muitas pessoas, o que gera uma pressão negativa no âmbito da psicologia social já que esta estuda como o indivíduo é afetado pelas suas relações com os outros.

consequentemente, vou tratar de desmontar ou neutralizar determinados preconceitos de psicologia social e pessoal que podem influir negativamente na assimilação, na compreensão das propostas da nova teoria de evolução ou na aplicação neutra da metodologia da aprendizagem.

Os preconceitos não são, de forma nenhuma, negativos em si mesmos, pelo contrário, são necessários para evitar a repetição de pensamentos e raciocínios mentais constantemente; precisamente pela sua função, os preconceitos podem atuar como verdadeiro limite do conhecimento ou barreira para a aprendizagem quando o cérebro pensa que já aprendeu uma matéria ou parcela concreta do conhecimento.

Os preconceitos que mais me preocupam encontram-se apoiados nos seguintes elementos contextuais:

  • Psicologia pessoal.

    • Filosófico-religiosos.

      A dualidade da nova teoria sobre biologia e evolução é clara, mas a sua faceta filosófica pode separar-se perfeitamente da científica. Apesar de tudo isso, não há dúvidas que a uma pessoa religiosa lhe custará seguir a argumentação da teoria porque tem conceitos sobre biologia e evolução muito fixos que, em princípio, não quer mudá-los e nem sequer colocá-los em dúvida ou revisão.

      De igual forma, uma pessoa agnóstica não estará para pensar que existem seres inteligentes diferentes dos humanos porque, para ela, tudo o que não se possa provar não existe, ainda que seja muito razoável. Mas, sobretudo, porque essa ideia lhe soará a religião, a existência de uma inteligência comum em todos os seres vivos.

    • Outro tipo de questões pessoais pode ser a da comodidade, Imagina ter que mudar agora um montão de ideias, resultado, só são ideias e agora estou muito ocupado! Além disso, com as ideias que tenho, estou bem! Eu não entendo de biologia e genética moderna!

    • Dada a matéria objeto da presente teoria, a idade avançada de uma pessoa pode ter uma grande influência negativa.

    • Outras situações pessoais e concretas, como a consideração pessoal em relação à sua própria inteligência, podem afetar ou predispor contra esta teoria. Se uma pessoa não se considera muito inteligente, não gostará de pensar que os seus filhos também não podem ser muito inteligentes. No que toca a este tema, a Evolução Condicionada da Vida oferece uma explicação assente na metodologia científica de quando e porquê se poderia ter filhos muito inteligentes, como acontece com determinada frequência.

  • Psicologia social.

    • A beleza e a bondade, no seu sentido moral, de um modelo são aspectos totalmente independentes do seu caráter científico. Contudo muitas pessoas não estarão dispostas a aceitar uma teoria que afirme que a inteligência se herda na sua maior parte, simplesmente porque não lhes parece justo, por alterar a igualdade de oportunidades genética que existe no seu modelo teórico sobre biologia e evolução; por outro lado totalmente generalizado no âmbito da psicologia social

    • Outro tema de atualidade e psicologia social é a igualdade sexual. No âmbito da genética e da biologia moderna existem muitas diferenças entre os dois sexos, mas qualquer tentativa de explicar as razões ou consequências das mesmas criará uma rejeição inicial importante independentemente das garantias que possa oferecer a metodologia da investigação cientifica empregue.

      Certamente, esta teoria roçará determinadas sensibilidades. Convém dizer claramente que assumo o princípio de igualdade sexual, mas que não é boa política efetuar comparações parciais por determinadas diferenças que pudessem ser totalmente certas. Também existe um alto grau de subjetividade ao analisar as diferenças, coisa que não farei.

    • Em certa medida, outro problema de psicologia social que se vê afetado por esta teoria é o problema racial. Aqui me remeto ao assinalado nos parágrafos anteriores.

    • Semelhantes condicionamentos sociais e pessoais podem encontrar-se em função da educação recebida, classe social, nacionalidade, etc.

  • Sociologia da ciência.

    • Apesar do método científico, qualquer teoria sobre a vida teria distintas abordagens em função do seu tempo, o que quero sublinhar é que muitas teorias que hoje entendemos como absolutamente normais e que não implicam nenhum problema filosófico, nem religioso nem de nenhum tipo; no seu tempo foram consideradas revolucionárias e perigosas.

      Miguel Servet (1510-1553) (Imagem de domínio público)
      Miguel Servetus como símbolo do erro histórico da ciência formal.
    • Hoje em dia, existe uma grande liberdade de expressão, mas no fundo, como comentei no ponto anterior de elementos contextuais pessoais, continuamos a ser humanos e determinadas ideias não estão nada bem vistas.

      Sobre cetras ideias modernas em biologia, genética e evolução, por efeito da psicologia social e sociologia da ciência não há dúvidas que ainda paira a suave lacra da Santa Inquisição se se expressam em público.

    • As mudanças tecnológicas influenciam enormemente, pois podem ampliar o campo de aplicação da metodologia da investigação científica ao permitir a verificação das teorias ou a sua rejeição. Especialmente, em matéria de biologia e genética encontramo-nos numa fase totalmente nova devido aos avanços tecnológicos consequência da informática.

    • A moderna sociedade da informação não só está a mudar a forma de trabalhar em todos os ramos científicos mas também a própria metodologia da aprendizagem, uma vez que se têm à disposição os últimos avanços realizados nas diferentes matérias. E, o que é mais importante, qualquer pessoa pode publicar na Internet as suas ideias sem nenhum filtro de tipo social-Ainda que suponha um esforço substancial.

 
 
 

 

4.a.2. Metodologia científica e teoria da evolução

A teoria da evolução de Darwin é o erro mais grave que cometeu a metodologia científica. Ainda que do ponto de vista da antropologia tenha acertado plenamente com a origem do homem.

A meu ver, a ciência tinha que ter sido ou, pelo menos, ser atualmente mais humilde e reconhecer que existem diversas formas de justificar a vida e a evolução e que a metodologia da ciência pelas suas limitações ou pela sua incapacidade ainda não conseguiu nem provar nem descartar a essência de nenhuma delas.

Uma análise semelhante ao presente, mas mais extensa pode encontrar-se na página da crítica da teoria de Darwin do livro online da Teoria Geral da Evolução Condicionada da Vida.

Entre os numerosos problemas que se colocam à metodologia científica podem citar-se os seguintes:

  • A própria definição de ciência.

    Na sua época não há dúvida que foi uma revolução o conceito de ciência e a sua radical distinção da filosofia e conseguinte afastamento da religião, que supunha um verdadeiro problema para o avanço da ciência.

    Por isso, qualquer suspeita de elementos de metafísica na ciência necessitava ser totalmente eliminado. O problema surge precisamente com o conceito de vida e a sua evolução.

    Como a geologia estava apresentando provas de que a idade da Terra era de milhões de anos, alguma coisa havia que inventar e a teoria de Lamarck necessitava de um ente com inteligência e finalidade numa escala interna ao ser humano, a sociedade não estava preparada para isso apesar de ser bastante óbvio.

    Outra solução que tinha sido uma interpretação bíblica livre no sentido de tomar as passagens da criação como uma metáfora, mas nem a Igreja nem a comunidade científica estavam dispostas a ceder nas suas considerações.

    Só restava assinalar algum mecanismo que encaixasse na metodologia científica e pudesse provocar teoricamente a evolução da vida. Darwin decidiu ir muito longe para argumentar a sua Teoria da Evolução das Espécies que se podia ter pensado com elementos e processos evolutivos na Europa, mas ao ser tão longínquos pareceriam muito mais convincentes.

    O resto é bem conhecido. Diz-se que verificou empiricamente dentro de uma estrita metodologia científica.

  • A teoria da Seleção Natural é uma tautologia.

    É mais que evidente que todos os seres vivos que existem é porque sobreviveram à sua linhagem.

    Além disso, a seleção natural incorpora uma filosofia um tanto destrutiva no sentido de que o objetivo da vida é sobreviver. A adaptação ao meio ambiente parece uma consequência do referido objetivo ainda que também se poderia mudar o meio ambiente para sobreviver, claro, não refere os passarinhos das ilhas Galápagos.

    O mesmo, até se provado cientificamente que o objetivo da vida seja esse.

  • Não se explica a evolução.

    Ainda que alguma coisa se suspeitava, não se sabia como se transmitia a informação para a criação de um novo ser. Ou seja, a genética não existia. Bem, pois inventam as mutações ou variações aleatórias e problema resolvido.

    Também, diziam que estava provado que as mutações eram aleatórias, mas acho que esta parte da teoria foi atualizada umas vezes e ainda estão a fazê-lo... Será por isso tanto empenho na adaptação.

    Não me surpreende que Mendel não fizera nenhum caso do famoso método científico durante quase 50 anos e ainda por cima se diga que os papéis dos seus estudos estiveram perdidos nas suas gavetas. Até acho que lhe insinuaram que a estatística é uma ciência da que não nos podemos fiar.

    Realmente as leis de Mendel ameaçavam a teoria da evolução numa das suas mais voláteis afirmações.

  • Abuso do longo prazo.

    Os mecanismos da seleção natural podem ser tão lentos que necessitam do longo prazo para ser aceites. Em muitos casos da seleção natural são razoáveis, mas colocam problemas importantes quando se produziram mudanças aceleradas na evolução dos seres vivos. Neste caso, a tendência é negar as referidas mudanças como no caso da inteligência humana, mandam-se para o passado e, já está, problema resolvido.

    Em definitivo, Darwin nega a evolução a curto prazo.

  • Adaptação ilimitada a outros avanços científicos e técnicos

    Apesar de que se conhecem mecanismos de evolução das espécies que não encaixam no Darwinismo nem nas suas atualizações, continua sem se reconhecer que a teoria de Darwin apresenta algumas importantes lacunas.

    Pelo contrário, adapta-se e forçam-se os raciocínios a limites fora de toda a lógica e metodologia científica.

  • A influência da moda na metodologia científica e a teoria da evolução.

    Um simpático exemplo, ontem mesmo ~ Junho 2003 ~ acabo de ler num jornal “sério dentro do que são” uma notícia sobre o genoma, entre outras coisas diz-se: “O cromossoma Y, muito mais pequeno do que o seu par, o X, era considerado como praticamente um fóssil, com muito poucos genes e próximo do seu desaparecimento por acumulação de defeitos genéticos...”

    Impressionantemente grosseiro! Não é a primeira vez que aparece algo semelhante e a comunidade científica não desmente ou critica, se fosse ao contrário, pareceria que se afundava o mundo. Serão coisas relacionadas com a moda feminina da igualdade das médias. e a variação das medianas!